V Capital da Cultura
V Capital da Cultura
Durante o ano de 2018, entre os meses de janeiro e dezembro, Santa Maria da Feira acolhe a organização da V Capital da Cultura do Eixo Atlântico, dinamizando um programa de atividades que expressa o entrecruzamento e a convergência entre a Arte, a Cultura e o Conhecimento.
1. Apresentação
Durante o ano de 2018, entre os meses de janeiro e dezembro, Santa Maria da Feira acolhe a organização da V Capital da Cultura do Eixo Atlântico, dinamizando um programa de atividades que expressa o entrecruzamento e a convergência entre a Arte, a Cultura e o Conhecimento.
Da programação constarão, naturalmente, os eventos de referência do Município e um conjunto variado de atividades quer de produção e programação própria, quer de envolvimento da comunidade e stakeholders locais, quer aquelas que decorrem de novas oportunidades de cooperação com os diversos Municípios do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular.
Pretende-se dar relevo à programação dirigida aos jovens da eurorregião, implicando-os na sua concretização, através de chamadas públicas e de concursos.
Da programação resultarão ainda atividades que se pretendem inscrever como projetos de continuidade futura, nomeadamente o EIXOS, Ciclo de Teatro de Marionetas de Portugal e Galiza, o Seminário de Intercâmbio de Experiências no âmbito da Cultura e o EM.COM.TRADIÇÕES – Encontro do Cancioneiro Tradicional Galaico Português, que pretende reunir os músicos e coletivos da eurorregião, promover a herança musical comum, as artes e ofícios em torno da construção de instrumentos musicais tradicionais, assim como a dimensão etnomusicológica, de investigação e produção de conhecimento em música popular.
2. Mensagens institucionais
Emídio Sousa,
Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira
O ano de 2018 é de celebração em Santa Maria da Feira, extensível a todo o Noroeste Peninsular. Celebração da arte e cultura nas suas múltiplas dimensões. Celebração da cooperação transfronteiriça na sua abrangência e singularidade.
A eleição de Santa Maria da Feira como V Capital da Cultura do Eixo Atlântico é o reconhecimento do trabalho por nós desenvolvido nos últimos 20 anos no setor da Cultura, marca distintiva do nosso território, com impactos evidentes a nível económico, social e turístico.
Em Santa Maria da Feira o espaço público é o palco privilegiado dos grandes acontecimentos culturais. Para além da emblemática Festa das Fogaceiras, que marca o arranque de um extenso programa anual, a nossa vincada identidade cultural é sustentada por três eventos de referência: o Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua; a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria; e o parque temático Perlim.
Uma vez consolidado o nosso percurso no domínio da criação artística e das artes de rua, temos vindo a reforçar o nosso investimento numa programação de sala contínua e qualificada, pensada para diferentes públicos e palcos de excelência, como o Cineteatro António Lamoso, o Europarque, o Castelo da Feira, o Mercado Municipal, os museus e as bibliotecas.
O nosso desígnio passa agora por disseminar e internacionalizar as criações artísticas com assinatura “Santa Maria da Feira”, alavancadas pelo Imaginarius Centro de Criação – Arte e Espaço Público, complementando o nosso já longo, reconhecido e premiado percurso de inovação e vanguarda no setor da Cultura.
A programação da V Capital da Cultura do Eixo Atlântico congrega todo este know-how, associado à nossa história, identidade e património cultural, valorizando o trabalho das nossas comunidades, mas mantendo o histórico de oportunidades de cooperação com os diferentes municípios do Noroeste Peninsular. Tudo isto em salutar convivência com o Ano Europeu do Património Cultural, que é também celebrado em 2018.
Alfredo García,
Presidente do Eixo Atlântico
Apresentar um evento como a Capital da Cultura do Eixo Atlântico é uma dupla satisfação. Primeiro, porque representa um compromisso com a cultura, mas também com a criação de emprego e a geração de riqueza e bem-estar. A cultura torna as pessoas melhores e mais livres, e constitui um motor de desenvolvimento, de criação de emprego – cultura enquanto consumo e produção, ou seja, uma indústria criativa.
Há muito que o debate entre democracia cultural (acesso livre e igual ao consumo cultural) e democratização cultural (direito livre e igual acesso à produção cultural) pesou a favor da segunda.
Este facto potenciou a animação sociocultural, que por sua vez conduziu ao crescimento da cultura e a sua conversão numa indústria muito poderosa, com aspetos colaterais tão importantes como a recuperação da cultura tradicional ou inovação. Sobre esta matéria nós, os municípios, sabemos muito. Não foi por acaso que liderámos a ação cultural, quer para promover o consumo através da programação, quer para impulsionar a produção.
O Eixo Atlântico assume a cultura como o elo que une a eurorregião e a torna mais forte, aproveitando a imensa vantagem da afinidade linguística. Promovemos a Capital Cultural como a melhor montra para dar a conhecer e consumir a melhor cultura, a mais inovadora e a mais tradicional, mas sempre a nossa cultura. Pretendemos ainda que este evento seja um mercado de cultura, que favoreça a contratação e a promoção dos nossos criadores, gerando uma cultura dinâmica e rica.
Um dos nossos cartões-de-visita no mundo e símbolo de identidade, que funcione também como marketing territorial.
Motivo de satisfação é também o facto celebrarmos esta edição em Santa Maria da Feira. Não apenas em reconhecimento do esforço que o Presidente da Câmara, o meu bom amigo Emidio Sousa, tem vindo a fazer para colocar o Município no seu devido lugar, mas sobretudo porque um dos eixos desta estratégia é precisamente a cultura. O magnífico trabalho que tem feito, com seu vereador Gil Ferreira e a sua equipa, já começa a dar frutos e representa a validação da tese que acabei de resumir, homenageando ainda o Eixo Atlântico, a capital cultural da eurorregião, Santa Maria da Feira e os seus cidadãos.
Desfrutem desta magnífica programação, que merece uma visita contínua a Santa Maria da Feira.
Gil Ferreira,
Vereador da Cultura, Turismo, Bibliotecas e Museus
O acolhimento da V Capital da Cultura do Eixo Atlântico, pelo Município de Santa Maria da Feira durante o ano de 2018, Ano Europeu do Património Cultural, constitui-se um momento ímpar, simultaneamente um enorme desafio e uma extraordinária oportunidade.
Para tal importante momento procuramos estruturar uma programação dedicada que exprimisse, em toda a sua linha, os valores da identidade de umterritório com uma história milenar, que fosse expansora e heterogénea, derivando entre o popular e o contemporâneo, e que, transversalmente, fomentasse novas oportunidades de cooperação e novas conexões no Eixo Atlântico.
A programação está sedimentada em quatro eixos, fundamentais, de acesso à Cultura – os equipamentos culturais, o património, o espaço público e as comunidades de Santa Maria da Feira. São, no total, 51 atividades distintas que abarcam disciplinas artísticas e áreas como as Artes Rua, as Artes Plásticas, o Cinema, a Cultura Urbana, os Cruzamentos Disciplinares, a Dança, a Música, o Novo Circo, o Stand Up, o Teatro e o Teatro de Marionetas, o Folclore e a Etnografia, as Recriações Históricas, os Encontros, as Exposições, os Colóquios e as Conferências.
Num âmbito geral as propostas da V Capital da Cultura do Eixo Atlântico evidenciam as dimensões da criação artística e da participação cultural – fomentando a nova criação, o envolvimento e a participação da(s) comunidade(s) – e assentam numa “poética galaico-portuguesa” justificada pela herança cultural comum e com uma esperançosa visão futura! Ao longo de 52 semanas, Santa Maria da Feira impulsionará os eixos da Arte, Cultura e Conhecimento no Eixo Atlântico, expandindo o acesso, fomentando oportunidades e construindo novas conexões nesta Eurorregião.
O objetivo final da V Capital da Cultura do Eixo Atlântico é, para nós, simultaneamente, a oportunidade de consolidação e difusão do ecossistema cultural do noroeste peninsular, construindo um projeto de dimensão europeia, que tem na base a Cultura, enquanto elemento fundamental para a consolidação da democracia, do diálogo intercultural e da diversidade.
3. Notícias
V Capital da Cultura do Eixo Atlântico
Entre janeiro e dezembro de 2018, Santa Maria da Feira acolhe e organiza a V Capital da Cultura do Eixo Atlântico. A programação abre a 13 de janeiro com o concerto FILARMONIA NO FADO e estende-se por 50 semanas, cruzando Arte, Cultura e Conhecimento no Noroeste Peninsular.
Teatro de Marionetas de Portugal e Galiza
Entre 14 e 18 de março de 2018, Santa Maria da Feira – V Capital da Cultura do Eixo Atlântico promove a primeira edição do EIXOS – Ciclo de Teatro de Marionetas de Portugal e Galiza, que terá como palco o Cineteatro António Lamoso.Este será o primeiro de uma série de encontros transfronteiriços a realizar em Santa Maria da Feira para aproximar as tradições desta vertente tão singular do teatro nos dois territórios, e promovê-las junto de diferentes públicos.