Pitósporo-limão, Tarata


  

Nome científico
Pittosporum eugenioides A.Cunn.

Nome comum
Pitósporo-limão, Tarata

Família
Pittosporaceae

Descritor
A.Cunn. [Allan Cunningham (1791–1839)]

Tipo de origem
Alóctone

Origem
Nova Zelândia

Descrição da espécie
O Pittosporum eugenioides é uma pequena árvore, perenifólia, de copa ramosa, de formato piramidal enquanto jovem, tornando-se mais arredondada na maturidade, que pode atingir 12 m de altura. Apresenta tronco revestido por casca cinzento-pálida e persistente. As folhas, de 5 a 10 cm de comprimento e 2,5 a 4 cm de largura, são simples, elípticas ou elíptico-oblongas, de margem inteira e, geralmente, ondulada, de cor verde-amarelada a verde, mais ou menos manchadas de um verde mais pálido, verde-amarelado ou, ocasionalmente, branco, um pouco coriáceas, lustrosas, de ápice agudo a subagudo, com um veio central saliente, de cor verde-pálida e um pecíolo esguio, de 1 a 2 cm de comprimento. Dispõem-se de forma alterna nos ramos e, quando esmagadas, libertam um forte aroma a limão. As gemas foliares são resino-viscosas. A floração ocorre desde a primavera até ao início do verão, sendo a inflorescência uma umbela subcorimbosa composta, terminal, com pequenas flores de cor amarelo-pálida a amarela, muito aromáticas, sobre pedúnculos de 10 a 20 mm de comprimento e pedicelos com cerca de 5 mm, ambos esparsamente pubescentes. Possuem 5 sépalas de 2 mm de comprimento, ovadas a estreitamente ovadas, e 5 pétalas de 5 a 7 mm de comprimento, estreitamente oblongas. O fruto é uma pequena cápsula, com cerca de 5 a 6 mm de diâmetro, de formato ovoide a elíptico, acuminada, de cor verde enquanto jovem e negra na maturação, com 2 ou, raramente, 3 valvas que se abrem quando madura, revelando as sementes, de cor negra e cobertas por uma polpa viscosa de cor amarelo-escura. O fruto leva entre 12 a 14 meses a amadurecer, observando-se, por esse motivo, frutos verdes e maduros na mesma árvore.

Observações
O nome do género, Pittosporum, deriva do grego “pítta”, que significa "resina", e “sporá”, que significa “esporo” ou "semente”, numa alusão às sementes cobertas por uma substância resinosa e viscosa. O restritivo específico da espécie, eugenioides, significa “semelhante a uma Eugenia”, que é um outro género de plantas. Tarata é a designação na língua maori para o Pittosporum eugenioides, que era utilizado por este povo na preparação de perfumes, óleos capilares e goma de mascar, muito valorizada como cura para o mau hálito. É uma espécie dioica, havendo, assim, indivíduos masculinos e indivíduos femininos. Distinguem-se facilmente entre si, pois as suas flores apresentam-se com morfologias distintas. Pouco comum em Portugal, é de aparência semelhante à do australiano Pittosporum undulatum (falsa-árvore-do-incenso), espécie invasora no nosso país. No entanto, o fruto maduro negro, as flores amarelo-pálidas e as folhas de aroma doce e cítrico do P. eugenioides, por exemplo, distinguem-no do P. undulatum, de frutos maduros cor de laranja, flores brancas e folhas de aroma forte e resinoso.