Palmeira-da-china


Nome científico
Trachycarpus fortunei (Hook.) H.Wendl.

Nome comum
Palmeira-da-china

Família
Arecaceae

Descritor
(Hook.) H.Wendl. [William Jackson Hooker (1785–1865), Hermann Wendland (1825–1903)]

Tipo de origem
Alóctone

Origem
Centro e este da China e sul do Japão

Descrição da espécie
A Trachycarpus fortunei é uma palmeira de médio porte, com copa compacta, que pode atingir 20 m de altura, mas, tipicamente, 6 a 12 m. O espique é único, delgado, com 15 a 30 cm de diâmetro, e densamente revestido, desde a base, pelas bainhas marcescentes das folhas antigas, de textura muito fibrosa e de cor castanha. As folhas, em forma de leque (flabeliformes) e até 1 m de diâmetro, são palmatipartidas, de cor verde-escura em cima e glauca em baixo, divididas quase até à base, com 40 a 50 segmentos acuminados, rígidos e, frequentemente, com as pontas pendentes. Apresentam um pecíolo longo, com 60 a 100 cm de comprimento, com duas filas de espinhos de reduzida dimensão. A floração ocorre na primavera/verão, sendo a inflorescência, tanto a masculina como a feminina, uma grande panícula ramificada até 1 m de comprimento, composta por grupos de numerosas pequenas flores, com 2 a 4 mm de diâmetro. As flores masculinas são de cor amarela, e as femininas de cor verde. O fruto é uma drupa reniforme, ou seja, em forma de rim, de 10 a 12 mm de comprimento, de cor amarela a negro-azulada, não comestível, que amadurece no outono. As sementes apresentam um sulco ventral.


Observações
A Trachycarpus fortunei é uma das palmeiras mais resistentes, tolerando tanto verões húmidos e frescos como invernos frios, vegetando, no seu habitat natural até altitudes de 2.400 m. É uma espécie dioica, ou seja, que produz flores masculinas e femininas em indivíduos diferentes, sendo frequentemente observada em parques e jardins de toda a região mediterrânica. Na China, as suas fibras são utilizadas no fabrico de cordas, vassouras, tapetes ou tecidos. O nome do género, Trachycarpus, deriva das palavras gregas “trachy”, que significa “áspero” e “carpus”, que significa “fruto”, numa possível alusão à aparência dos seus frutos. O epíteto específico fortunei, é um tributo a Robert Fortune (1812–1880), um botânico escocês que avistou a espécie em cultivo pela primeira vez, na ilha de Zhoushan, na China, e que foi responsável pela sua introdução no Reino Unido, em 1849.