Liquidâmbar


Nome científico

Liquidambar styraciflua L.

 

Nome comum

Liquidâmbar, Árvore-do-estoraque

 

Família

Altingiaceae

 

Descritor

L. [Carl Linnaeus (1707–1778)]

 

Tipo de origem

Alóctone

 

Origem

América do Norte (este e sul dos Estados Unidos da América e México) e América Central (Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Honduras)

 

Descrição da espécie

O Liquidambar styraciflua é uma árvore caducifólia de médio a grande porte, que pode atingir 40 m de altura no seu habitat natural. A copa tem um formato piramidal quando jovem, tornando-se frequentemente mais larga, por vezes abobadada, na maturidade. Apresenta um tronco direito, revestido por casca castanho-acinzentado-escura, grossa e longitudinalmente fissurada em exemplares mais velhos. Os raminhos jovens, de cor amarelada a avermelhado-escura, desenvolvem, por vezes, muito características “asas” suberosas durante o segundo ano de idade. As folhas, de 10 a 18 cm de comprimento, são simples, palmatilobadas, com 5 a 7 lóbulos profundos, acuminados, de margem finamente serrada, cordadas a cordiformes na base, de cor verde-escura e brilhantes na página superior, mais pálidas e com nervuras pubescentes na página inferior. Dispõem-se de forma alterna nos ramos e apresentam um pecíolo longo, de 6 a 12 cm de comprimento. No outono podem adquirir as mais diversos tons, desde os amarelos aos laranjas, até aos vermelhos e púrpuras intensos. A floração ocorre entre fevereiro e maio, em simultâneo com as folhas novas. As flores masculinas reúnem-se em racimos eretos, de cor verde-amarelada, com 7 a 10 cm de comprimento, compostos por várias inflorescências globosas, sobre um pedúnculo curto, e as femininas em inflorescências igualmente globosas e de cor verde-amarelada, com 1,25 cm de diâmetro, na ponta de um longo e delgado pedúnculo pendente. Os frutos são pequenas cápsulas deiscentes, abrindo-se naturalmente na maturidade, cada uma com uma a duas sementes aladas, de cor acastanhada. Reúnem-se em glomérulos espinhosos, semelhantes a ouriços, com aproximadamente 3 cm de diâmetro, de cor castanha e na extremidade de longos pedúnculos pendentes, que permanecem na árvore durante o inverno.

 

Observações

O nome do género, Liquidambar, deriva dos termos latinos liquidus e ambar, alusivos à seiva viscosa e aromática que se liberta ao romper a casca da árvore. Já o restritivo específico styraciflua, deriva do grego styrax, que significa “goma” ou “resina”, e do latim fluere, que significa “fluir”. O liquidâmbar foi introduzido no continente europeu no século XVII, principalmente com fins ornamentais, devido às suas vistosas folhas em forma de estrela e à cativante paleta de cores que adquirem com a chegada do outono. É muito frequentemente observado em parques, jardins e como árvore de arruamento em Portugal.