Domingo, 02 de novembro
16h00 · Igreja Matriz de Santa Maria da Feira
A Igreja Matriz de Santa Maria da Feira é um importante edifício religioso com origem no século XI.
Localizada no centro histórico de Santa Maria da Feira, a igreja combina estilos românico e gótico, com uma fachada robusta e um interior ornamentado com altares, talha dourada e representações sacras. Trata-se de um convento maneirista com igreja de planta em cruz latina e de nave única e claustro de dois pisos.
A igreja permanece como um local de prática religiosa constante, ao oferecer missas e eventos comunitários, e atrai turistas interessados no seu patrimônio cultural. A Igreja Matriz é um símbolo significativo do património cultural e espiritual de Portugal.
PROGRAMA
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Suite n.º 1 para Violoncelo, BWV 1007
Prelúdio
Improvisação de órgão – Fantasia
Sarabande
Improvisação de órgão – Meditation
Gigue
Improvisão de órgão – Toccata
Antonio Vivaldi (1678 – 1741)
Sonata para Violoncelo e Contínuo n.º 5, RV 40, op. 14
Largo
Allegro
Largo
Allegro
José António Carlos de Seixas (1704 – 1742)
Fuga em Sol Maior
Sergei Rachmaninoff (1873 – 1943)
Vocalise
Franz Schubert (1797 – 1828)
Impromptu, op. 90, n.º 3
Joly Braga Santos (1924 – 1988)
Aria I
O órgão de tubos da Igreja Matriz de Santa Maria da Feira encontra-se no coro alto e é um instrumento da grande firma C. F. Walcker com sede em Ludwigsburg, na Alemanha.
O instrumento foi construído em 1896 e catalogado com o Op. 748. Trata-se de um instrumento completamente mecânico com quatro registos e um manual, sendo a pedaleira acoplada ao teclado de apenas 12 notas.
No decorrer dos trabalhos de recuperação de várias peças interiores do órgão foi descoberta a inscrição “OPORTO”, indicando que este órgão foi construído de propósito para Portugal. É um instrumento com uma sonoridade muito romântica, no entanto, por possuir apenas um teclado permite a interpretação de um reportório mais antigo.
Dados cedidos pela Oficina e Escola de Organaria de Esmoriz
Natural de Fiães, Rui Soares é organista e cravista. Ingressou, aos 14 anos, na Escola dos Ministérios Litúrgicos do Porto. Concluiu com nota máxima o curso de Órgão no Conservatório Regional de Gaia e frequentou o curso livre de Cravo da ESMAE. É licenciado em Música Sacra, com distinção Cum Laude, pelo Conservatório de Amesterdão. Gravou vários CD’s, entre os quais O Órgão Arp-Schnitger de Moreira da Maia (2022) e Pedro Araújo Organ Works (2024), pela Brilliant Classics.
É organista titular da Igreja dos Clérigos, membro fundador do quarteto Gaudium Vocis e fundador do grupo Mvsica Antiqva Porto.
Valter Mateus é mestre pela Universidade de Aveiro e licenciado em Violoncelo pela ESMAE, onde recebeu o Prémio Fundação Eng. António de Almeida, e em Canto pelo Conservatório Superior de Música de Gaia. Estudou com Lluis Claret, Jed Barahal e Madalena Sá e Costa, entre outros, e participou em masterclasses com músicos de renome.
Apresentou-se em Portugal e várias cidades europeias, destacando-se pelas estreias nacionais de Sonnengesang (Gubaidulina) e Passio (Arvo Pärt). Atuou como solista com várias orquestras e é fundador do Trio António Capela. Atualmente, é diretor pedagógico do Conservatório Regional de Gaia.