Amoreira-preta


Nome científico
Morus nigra L.

Nome comum
Amoreira-preta

Família
Moraceae

Descritor
L. [Carl Linnaeus (1707–1778)]

Tipo de origem
Alóctone

Origem
Ásia Menor

Descrição da espécie
A Morus nigra é uma árvore caducifólia de pequeno porte, de copa ampla, muito ramificada, com ramos torcidos, compridos e quebradiços, raminhos pubescentes que libertam látex quando cortados, que pode atingir 10 a 15 m de altura. Apresenta um tronco curto, com tendência a encurvar-se desde cedo, revestido por casca castanho-alaranjado-escura, rugosa, gretada e com bossas numerosas. As folhas, de 6 a 20 cm de comprimento, são simples, ovado-cordadas, inteiras ou, por vezes, lobuladas, de margem dentada ou ligeiramente crenada e com um pecíolo robusto e pubescente, de 1,5 a 2,5 cm de comprimento. Dispõem-se de forma alterna nos ramos, são de cor verde-brilhante e ásperas na página superior, mais claras e pubescentes na página inferior, tornando-se amarelas no outono.  A floração ocorre entre março e junho, sendo a inflorescência, tanto a masculina como a feminina, uma espiga cilíndrica, suspensa por um pedúnculo curto, de cor verde enquanto jovem, a masculina até 3 cm de comprimento e a feminina até 2 cm. As amoras, que amadurecem ao longo do verão, são compostas por conjuntos de bagas agrupadas em torno de um eixo carnudo, designados por soroses. São oblongas, de cor vermelho-escura a púrpura-forte quando maduras.

Observações
A Morus nigra é uma espécie simultaneamente monoica e dioica, ou seja, apresenta, no primeiro caso, indivíduos que produzem ou só flores masculinas ou só flores femininas e, no segundo caso, indivíduos que tanto produzem flores masculinas como femininas. É uma espécie de crescimento rápido, cultivada em parques e jardins pelos seus frutos, mais doces do que os da amoreira-branca (Morus alba), também comum em Portugal. A Morus nigra foi introduzida na Europa há, pelo menos, 1500 anos, desconhecendo-se, com exatidão, o seu local de origem. O nome do género, Morus, era o nome genérico dado para designar as amoreiras em latim, já o restritivo específico, nigra, é uma alusão à cor escura dos seus frutos.