Sakaki
Nome científico
Cleyera japonica Thunb. 'Tricolor'
Nome comum
Sakaki
Família
Pentaphylacaceae
Descritor
Thunb. [Carl Peter Thunberg (1743–1828)]
Tipo de origem
Alóctone
Origem
China, Japão, Coreia, Taiwan, Índia e Tailândia
Descrição da espécie
A Cleyera japonica é um arbusto, ou pequena árvore, perenifólio que pode atingir 10 m de altura no seu habitat natural, embora, geralmente, a sua copa, de ramos rígidos, estendidos e desprovidos de pelos, não ultrapasse os 5 m de altura e os 3 de diâmetro. Apresenta um tronco revestido por casca castanho-avermelhado-escura e lisa. Semelhantes às da Camellia japonica, as folhas, de 4 a 10 cm de comprimento e 2,5 a 3,8 cm de largura, são simples, oblongo-lanceoladas, de margem inteira, com ponta obtusa e base em forma de cunha, coriáceas e dispõem-se de forma alterna nos ramos. Na espécie-tipo, são de cor verde-escura e lustrosas na página superior e mais claras na inferior, apresentando a variedade 'Tricolor' as margens variegadas de creme e rosa. A floração inicia-se no final da primavera/início do verão, surgindo as pequenas e aromáticas flores, com aproximadamente 1,2 cm de diâmetro, nas axilas das folhas, solitárias ou em grupos e sobre pedicelos de 8 a 12 mm de comprimento. Possuem 5 pétalas, de cor branca ou amarelo-esbranquiçada, 5 sépalas desiguais e 25 a 30 estames unidos na base. O fruto é uma pequena baga, inicialmente de coloração vermelha, tornando-se negra e luzidia quando madura, contendo inúmeras sementes.
Observações
A Cleyera japonica é considerada uma árvore sagrada na religião xintoísta japonesa, sendo os santuários, tradicionalmente, rodeados por estas árvores e os seus ramos oferecidos aos deuses, ou espíritos, em rituais religiosos. O nome do género, Cleyera, é um tributo a Andreas Cleyer (1634–1697 ou 1698), um médico e botânico alemão que, durante a sua permanência no sudeste asiático, ao serviço da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais, recolheu, categorizou e apresentou ao ocidente numerosas espécies botânicas. A origem etimológica do nome comum, sakaki, é incerta, resultando, possivelmente, da união das palavras “saka”, que significa, “limite” ou “fronteira”, numa alusão ao facto de a espécie ser plantada em torno dos santuários xintoístas, e “ki”, que significa “árvore”.