Pinheiro-bravo


Nome científico
Pinus pinaster Aiton

Nome comum
Pinheiro-bravo

Família
Pinaceae

Descritor
Aiton [William Aiton (1731–1793)]

Tipo de origem
Autóctone

Origem
Oeste da região mediterrânica e do norte de África e costa atlântica do sul da Europa

Descrição da espécie

O Pinus pinaster é uma árvore perenifólia de médio a grande porte, que pode atingir 30 a 40 m de altura. A copa tem um formato piramidal quando jovem, tornando-se larga, aberta e achatada na maturidade. O tronco é direito, em grande parte sem ramos nas árvores mais velhas, e encontra-se revestido por uma casca espessa, castanho-avermelhada, rugosa e profundamente fendida. As folhas, de 10 a 27 cm de comprimento e 1 a 2 mm de largura, são simples, em forma de agulha (aciculares), rígidas, robustas, ligeiramente curvadas e de cor verde-acinzentada. Inserem-se aos pares, na axila de uma folha rudimentar escamiforme, sobre um raminho (braquiblasto), e envolvidas na base por uma bainha membranosa. A floração ocorre entre março e abril, sendo as inflorescências masculinas estróbilos de cor amarelada, agrupados ao longo do terço inferior dos raminhos novos e, as femininas, estróbilos com escamas de cor avermelhada ou violácea, cada um com 2 óvulos, em grupos de 3 a 5 em torno do gomo terminal. O fruto é uma pinha de formato ovoide-cónico, de 8 a 22 cm de comprimento e 5 a 8 cm de largura, subséssil, simétrica ou quase simétrica, de cor esverdeada enquanto jovem e castanho-avermelhada-brilhante na maturação. As escamas são lenhosas, com escudo romboidal e com uma distintiva protuberância central de formato piramidal, contendo cada uma duas sementes. A pinha amadurece entre o verão e o início do outono do segundo ano, sendo as sementes libertadas na primavera ou verão do ano seguinte. As sementes, de 7 a 8 mm de comprimento e de coloração castanho-escura, são providas de uma grande asa membranácea até 3 cm de comprimento.

Observações
O Pinus pinaster é o pinheiro ibérico de mais rápido crescimento, atingindo a maturidade entre os 10 e os 15 anos de idade. É um grande produtor de resina, que é recolhida em recipientes colocados abaixo de incisões em “V” na casca. É uma espécie florestal muito comum na paisagem portuguesa, tendo sido a eleita por D. Dinis para a expansão do Pinhal de Leiria que, com 11.000 hectares, é a maior e a mais antiga das matas nacionais. O nome do género, Pinus, era o nome genérico dado para designar os pinheiros em latim, já o restritivo específico, pinaster, é a designação, também em latim, para “pinheiro silvestre”, ou “selvagem”, indicando o sufixo aster, uma semelhança incompleta, geralmente pejorativa, relativamente, neste caso em particular, ao, então, pinheiro cultivado Pinus pinea (pinheiro-manso).