Fúcsia-arbórea


Nome científico
Halleria lucida L.

Nome comum
Fúcsia-arbórea, Árvore-dos-mimos

Família
Stilbaceae

Descritor
L. [Carl Linnaeus (1707–1778)]

Tipo de origem
Alóctone

Origem
Este de África, desde a Etiópia até à Africa do Sul, e Iémen

Descrição da espécie
A Halleria lucida é uma pequena árvore, ou arbusto, perenifólio, de copa ampla e arredondada, com ramos arqueados e pendentes, geralmente até 12 m de altura, mas que pode atingir 18 m em florestas na sua área de distribuição natural. O tronco, geralmente multicaule, encontra-se revestido por casca castanho-acinzentado-pálida, longitudinalmente fissurada, expondo uma coloração mais clara na base das fissuras, e desprendendo-se em placas. As folhas, até 10 cm de comprimento e 7 de largura, são simples, ovadas, glabras, de margem finamente dentada ou crenada e algo coriáceas. Dispõem-se de forma oposta nos ramos, são de cor verde-vivo a verde-escuro e brilhantes na página superior e mais claras na página inferior, de ápice agudo ou curtamente acuminado e em forma de cunha na base. Têm um pecíolo até 1,3 cm de comprimento. A floração ocorre entre abril e dezembro, sendo as inflorescências compostas por grupos de flores com corolas tubulares, estreitas, ligeiramente curvadas para baixo, levemente pubescentes, bilateralmente simétricas (zigomorfas), até 4 cm de comprimento, de cor vermelho-tijolo, laranja ou amarela, com 4 estames em pares de diferentes comprimentos, cálices de cor verde-viva e que surgem diretamente nos ramos (caulifloras) ou nas axilas das folhas. O fruto é uma baga, de formato ovoide a subgloboso, com 1 cm de diâmetro, inicialmente de cor verde e de polpa gelatinosa, tornando-se negra quando madura, contendo numerosas sementes, pequenas, achatadas, de cor negra e providas de uma asa estreita.

Observações
O nome do género, Halleria, é um tributo a Albrecht von Haller (1708–77), anatomista, fisiologista, naturalista, enciclopedista, bibliógrafo e poeta suíço, professor de botânica, e outras disciplinas, na Universidade de Göttingen, na Alemanha. O restritivo específico da espécie, lucida, que significa “brilhante”, luzidio” ou “resplandecente” é uma referência à natureza das suas folhas. A Halleria lucida é uma planta utilizada pela nação Zulu, quer na medicina — no tratamento de problemas de pele e dos ouvidos — quer na religião — como amuleto para afastar o mal. As flores, ricas em néctar, são frequentemente visitadas por aves, borboletas, abelhas e outros insetos. Os frutos, embora doces e comestíveis, são pouco saborosos, sendo consumidos pelos humanos, no seu habitat natural, unicamente em tempos de grande escassez alimentar.