Palmeira-de-saia-da-califórnia


Nome científico

Washingtonia filifera (Linden ex André) H.Wendl. ex de Bary

 

Nome comum

Palmeira-de-saia-da-califórnia

 

Família

Arecaceae

 

Descritor

(Linden ex André) H.Wendl. ex de Bary [John Lindley (1799–1865), Édouard-François André (1840–1911), Hermann Wendland (1825–1903), Heinrich Anton de Bary (1831–1888)]

 

Tipo de origem

Alóctone

 

Origem

Estados Unidos da América (sul da Califórnia e sudoeste do Arizona) e México (Baixa Califórnia)

 

Descrição da espécie

A Washingtonia robusta é uma grande palmeira que, em condições ideais, pode crescer até aos 30 m de altura, com copa pouco densa, arredondada, em coroa terminal. O espique é simples, direito, robusto, com 0,6 a 1 m de diâmetro, por vezes alargando em direção à base, cinzento, coberto, na parte superior e, por vezes, totalmente, pelas folhas antigas ou, na sua ausência, pelas suas bainhas marcescentes, de forma irregular. As folhas, até 2 m de diâmetro, são flabeliformes (em forma de leque), palmatipartidas, eretas ou patentes, de cor verde-acinzentado-brilhante, recortadas até mais de metade do limbo, com 40 a 70 segmentos dobrados ao meio, acuminados no ápice e de margem abundantemente filífera. Apresentam um pecíolo robusto, até 2 m de comprimento e até 15 cm de largura na base, com espinhos encurvados e de cor amarela, lígula acuminada, papirácea, larga, lacerada e sem pelos laterais. A floração ocorre em maio, sendo a inflorescência uma grande panícula ramificada, inicialmente ereta e finalmente pendente, composta por grupos de numerosas pequenas flores hermafroditas, aromáticas, sésseis, de cor branca. O fruto é uma drupa elipsoide ou ovoide, comestível, de 7 a 10 mm de comprimento e 5 a 7 mm de largura, de cor negra e ligeiramente enrugada quando madura.

 

Observações

A Washingtonia filifera é uma parente muito próxima da Washingtonia robusta (palmeira-de-leque-do-méxico), sendo por vezes difícil de as distinguir, especialmente enquanto jovens. A W. filifera, no entanto, apresenta um tronco mais grosso e curto do que a W. robusta, crescendo também mais lentamente em altura. Apresenta ainda característicos tufos de filamentos nas folhas, geralmente inexistentes na anterior. A Washingtonia x filibusta é um híbrido entre as duas, mais resistente ao frio. A polpa doce dos seus frutos é comestível, sendo o fruto tradicionalmente consumido cru, cozinhado ou transformado em farinha para a confeção de bolos pelos nativos norte-americanos. É uma espécie comum em parques e jardins portugueses. O nome do género, Washingtonia, é uma homenagem a George Washington (1732–1799), primeiro presidente dos Estados Unidos da América. O restritivo específico, filifera, é uma referência aos filamentos esbranquiçados que se desprendem das folhas. A designação “palmeira-de-saia”, deriva do facto de as folhas antigas persistirem penduradas durante muito tempo ao longo do espique, formando longas “saias”.