Fiteira


Nome científico

Cordyline australis (G. Forst.) Endl.

 

Nome comum

Fiteira, Árvore-da-couve, Árvore-Repolho, Árvore-dragão-da-nova-zelândia

 

Família

Asparagaceae

 

Descritor

(G. Forst.) Endl. [Georg Forster (1754–1794), Stephan Ladislaus Endlicher (1804–1849)]

 

Tipo de origem

Alóctone

 

Origem

Nova Zelândia

 

Descrição da espécie

A Cordyline australis é uma árvore perenifólia de pequeno porte, de aspeto semelhante ao de uma palmeira, que pode atingir 20 m de altura, embora em cultivo não ultrapasse, geralmente, os 4 ou 6 m. Apresenta um tronco cilíndrico que pode atingir 1,5 a 2 m de diâmetro, que se ramifica apenas na sua parte superior, após a primeira floração, revestido por casca cinzento-castanha-clara, fissurada, de aparência e consistência suberosas. Exibe, frequentemente, rebentos na base. As folhas, de 30 a 100 cm de comprimento e 3 a 6 cm de largura, são simples, lineares a linear-lanceoladas, de margem inteira, acuminadas, sésseis, com grande número de nervuras paralelas, são de cor verde-escura ou matizadas de amarelo, e agrupam-se em rosetas na extremidade dos caules, formando um conjunto arredondado no topo de cada um, com as folhas mais velhas escondendo o tronco. A floração ocorre entre junho e julho, sendo a inflorescência uma grande panícula terminal, de 60 a 120 cm de comprimento e 30 a 60 cm de largura, composta por inúmeras pequenas flores de, aproximadamente, 1 cm de diâmetro, aromáticas, com 6 tépalas de cor branca, quase livres até à base, 6 estames com, aproximadamente, o mesmo comprimento das tépalas e um estigma curto e trilobado. O fruto é uma baga, globosa, inicialmente de cor branca ou branco-azulada, de 5 a 7 mm de diâmetro, contendo várias sementes de cor negra.

 

Observações

Endémica da Nova Zelândia, a origem do seu nome comum “árvore-da-couve” reside no facto de o povo maori consumir as pontas tenras das folhas jovens. Os frutos, que numa árvore grande, e num ano favorável, podem produzir um milhão de sementes, são muitos apreciados pelas aves neozelandesas, nomeadamente o colorido kererū (Hemiphaga novaeseelandiae), um pombo também endémico destas ilhas do Pacífico. Em Portugal, a designação “fiteira” tem origem no hábito de se utilizarem as folhas da planta como fitas, utilizadas nas mais diversas atividades agrícolas, sendo, também, frequentemente cultivada como espécie ornamental em parques e jardins. Existem diversos cultivares de Cordyline australis, tais como o 'Red Star', cujas folhas apresentam uma coloração vermelho-acobreada. O nome do género, Cordyline, deriva da palavra grega “kordyle”, que significa “taco” ou “bastão”, numa referência aos caules ou rizomas subterrâneos que a planta, por vezes, desenvolve. O restritivo específico, australis, é a designação em latim para “sul”.