Carvalho-alvarinho
Nome científico
Quercus robur L.
Nome comum
Carvalho-alvarinho, Carvalho-roble, Carvalho-comum, Carvalheira
Família
Fagaceae
Descritor
L. [Carl Linnaeus (1707–1778)]
Tipo de origem
Autóctone
Origem
Europa e oeste da Ásia
Descrição da espécie
O Quercus robur é uma árvore caducifólia de grande porte, de copa ampla e arredondada, que pode atingir 35 a 40 m de altura. Apresenta um tronco revestido por casca cinzento-acastanhada, lisa em árvores jovens, escamosa e longitudinalmente profundamente fissurada em árvores mais velhas. As folhas, de 10 a 12 cm de comprimento e 7 a 8 cm de largura, são simples, obovadas a oblongo-obovadas, de margem recortada por 5 a 7 pares de lóbulos, penatifendidas e, geralmente, com 2 aurículas na base. Dispõem-se de forma alterna nos ramos, são de cor verde-clara quando jovens, passando a verde-escura na página superior e mais glauca na inferior, e a acobreada no outono. Têm um pecíolo curto, de 2 a 10 mm de comprimento. A floração ocorre entre abril e maio, sendo a inflorescência masculina composta por grupos de amentilhos pendentes, cada um até 13 cm de comprimento, de cor amarelo-esverdeada, e a feminina composta por amentilhos eretos, com 2 a 3 pequenas flores, de cor rosada a avermelhada. O fruto é uma glande, ou bolota, de formato ovoide a cilíndrico, com 2 a 4 cm de comprimento, lustrosa e de cor castanha quando madura, encerrada numa cúpula com cerca de um terço do seu comprimento e 1,5 a 2 cm de diâmetro, com escamas ovado-triangulares, imbricadas. De maturação anual, ocorre em conjuntos de 2 a 3 frutos, sobre um longo e fino pedúnculo de 5 a 12 cm de comprimento.
Observações
O nome do género, Quercus, significa “carvalho” em latim, e o restritivo específico, robur, significa “madeira dura”; “força”. Partilha grande parte da sua área de distribuição natural com o Quercus petraea, de aparência semelhante. Distingue-se deste particularmente bem através das folhas e das bolotas: folhas com pecíolo muito curto (2 a 10 mm) no Q. robur e um mais longo (10 a 30 mm) no Q. petraea; bolotas em pares ou trios sobre um longo pedúnculo (5 a 12 cm) no Q. robur e em grupos de até 6, sésseis ou com um pedúnculo curto (até 15 mm) no Q. petraea. As estruturas de formato esférico, de 2 a 4 cm de diâmetro que, com frequência, aparecem nos ramos dos carvalhos — os bugalhos ou galhas —, são multiplicações celulares que se desenvolvem na planta em resposta à picada de um inseto, envolvendo o ovo aí depositado. A cor e o formato dos bugalhos variam de acordo com a espécie de árvore, de inseto e ainda da localização da picada.
Legenda: Carvalho-alvarinho
Legenda: Carvalho-alvarinho (folha e bugalho)
Legenda: Carvalho-alvarinho (folha e fruto)
