património gastronómico de santa maria da feira
O património gastronómico – fortemente ligado à identidade milenar de Santa Maria da Feira, muito influenciado pelas suas raízes celtas, medievais e conventuais – proporcionou a criação do pão doce Fogaça da Feira, tendo dado origem, em 1500, à secular Festa das Fogaceiras e ao cumprimento do voto a S. Sebastião, recriado anualmente a 20 de janeiro.
A Fogaça da Feira é fonte inspiradora e impulsionadora da afirmação gastronómica de Santa Maria da Feira, por baralhar o doce e o salgado fazendo emergir novas ofertas gastronómicas no território.
Como iguarias de grande destaque e de forte tradição sobressai a Regueifa Doce associada à Páscoa, as trouxas de Santa Maria de Sanguedo, os doces de chá, o concurso de sopas e todo o património gastronómico associado à agricultura, ao artesanato e ao folclore, como por exemplo as desfolhadas e as vindimas, que pelas suas especificidades integram os nossos costumes, história e cultura.
Ao nível da produção agrícola biológica o microclima da região de entre o Rio Douro e o Rio Vouga (clima ameno com abundância de sol) propicia a cultura do kiwi, mirtilos, morangos, maracujá roxo e vegetais.
A proximidade ao mar e os diferentes rios oferecem uma grande diversidade de peixes, enquanto que a carne e os laticínios emergem do interior e da serra. A indústria de processamento de lacticínios alia a tradição quase centenária com a inovação, garantindo a máxima qualidade dos seus produtos.
Na área das bebidas o Município apresenta a cerveja artesanal com lúpulo feirense, que originou a criação do Festival da Cerveja Artesanal com Lúpulo Feirense, e a Châmoa (licor e vinho) que se desenvolveu ancorada na Viagem Medieval em Terra de Santa Maria.
Deste modo o nosso património gastronómico vai além da produção, transformação, preservação, consumo, transmissão, apresentação ou mesmo comunicação dos alimentos, é acima de tudo parte integrante da história, dos usos e costumes da comunidade feirense.
Pensando no futuro, na nutrição, na qualidade e no progresso, estabelecemos a parceria com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), para se efetuar cientificamente o mapeamento do património material e imaterial gastronómico de Santa Maria da Feira.
