Bordo-prateado
Nome científico
Acer saccharinum L.
Nome comum
Bordo-prateado, Ácer-prateado
Família
Sapindaceae
Descritor
L. [Carl Linnaeus (1707–1778)]
Tipo de origem
Alóctone
Origem
Sudoeste do Canadá e centro e este dos Estados Unidos da América
Descrição da espécie
O Acer saccharinum é uma árvore caducifólia de médio porte, de copa ampla, arejada e irregular, que pode atingir 30 m de altura. Apresenta um tronco revestido por casca cinzenta e lisa nas árvores jovens, tornando-se rugoso e desprendendo-se em escamas com a idade. As folhas, de 9 a 16 cm de comprimento, são simples, com 5 lóbulos, palmatissetas, de margem desigualmente dentada, inicialmente de cor vermelha ou alaranjada e, posteriormente, verde-clara na página superior, branco-prateadas e pubescentes quando jovens na página inferior, tornando-se amarelo-pálidas, castanho-alaranjadas e vermelho-rosadas no outono. Dispõem-se de forma oposta nos ramos e apresentam um longo pecíolo, até 15 cm de comprimento, de cor rosada. A floração ocorre entre abril e maio, antes das folhas novas, sendo a inflorescência um corimbo que surge ao nível do nós, composto por 4 a 5 pequenas flores masculinas ou femininas, sem pétalas, de cor vermelha ou amarelo-esverdeada, sobre pedicelos curtos, de cor vermelho-escura. O fruto é uma sâmara, inicialmente de cor verde e castanho-clara quando madura, que ocorre em pares (dissâmara), de 5 a 6 cm de comprimento, com asas divergentes, formando um ângulo agudo.
Observações
O Acer saccharinum é um dos Acer norte-americanos de mais rápido crescimento, podendo viver 130 a 150 anos, embora em ambiente urbano, geralmente, não viva mais de 80. A sua madeira é frágil, tendo os seus ramos tendência a partir-se com a idade. O facto de apresentar cores diferentes nas páginas superior e inferior das suas folhas, faz com que estas pareçam “brilhar” quando tocadas pelo vento, estando na origem do seu nome comum. O restritivo específico da espécie, saccharinum, que significa “doce” ou “açucarado”, é uma referência à sua seiva, rica em sacarose. Esta, apesar de não ser a escolha ideal, quando devidamente preparada, pode também ser transformada em xarope de ácer; geralmente produzido a partir da seiva do Acer saccharum (bordo-açucareiro), que apresenta um teor de açúcar mais elevado.