Amoreira-branca
Nome científico
Morus alba L.
Nome comum
Amoreira-branca
Família
Moraceae
Descritor
L. [Carl Linnaeus (1707–1778)]
Tipo de origem
Alóctone
Origem
China
Descrição da espécie
A Morus alba é uma árvore caducifólia de pequeno a médio porte, de copa arredondada e estreita, com os ramos principais compridos e muito ramificados, que pode atingir 15 a 18 m de altura. Apresenta um tronco, frequentemente, esguio e direito, revestido por casca castanho-amarelado-acinzentada, profundamente gretada em árvores mais velhas. As folhas são variáveis. Em ramos jovens e vigorosos podem ter até 30 cm de comprimento, sendo profunda e intricadamente lobadas, com os lóbulos arredondados. Em árvores mais velhas têm, geralmente, 5 a 15 cm de comprimento, são simples, de margem serrada, cordadas na base e acuminadas no ápice. Dispõem-se de forma alterna nos ramos, são de cor verde-brilhante na página superior e, por vezes, pubescentes no veio central na página inferior, tornando-se amarelas no outono. Apresentam um pecíolo até 2,5 cm de comprimento, pubescente e sulcado na face superior. A floração ocorre em maio, sendo a inflorescência, tanto a masculina como a feminina, uma espiga, ou amentilho, cilíndrica, de cor verde enquanto jovem, a masculina até 3,5 cm de comprimento e a feminina até 1,5 cm. As amoras, que amadurecem ao longo do verão, são compostas por conjuntos de bagas agrupadas em torno de um eixo carnudo, designados por soroses. São oblongas, de 1 a 2,5 cm de comprimento, de cor branca, rosada ou purpúrea quando maduras.
Observações
A Morus alba — tal como a Morus nigra (amoreira-negra) — é uma espécie simultaneamente monoica e dioica, ou seja, apresenta, no primeiro caso, indivíduos que produzem ou só flores masculinas ou só flores femininas e, no segundo caso, indivíduos que tanto produzem flores masculinas como femininas. As suas amoras, embora comestíveis, são menos doces do que as da Morus nigra que, tal como a anterior, é uma espécie comummente avistada em parques e jardins em Portugal. As suas folhas são utilizadas na alimentação do bicho-da-seda (Bombyx mori) há mais de 4.700 anos. O bicho-da-seda seria dado a conhecer ao mundo ocidental em Constantinopla, por volta do ano 550, aquando do regresso da China de dois missionários trazendo ovos escondidos em bengalas de bambu. Em Portugal, os registos mais antigos relativos à cultura do bicho-da-seda datam do século XIII, em Trás-os-Montes. O nome do género, Morus, era o nome genérico dado para designar as amoreiras em latim, já o restritivo específico, alba, é uma alusão à cor branca de alguns dos seus frutos.