Município Cultura

Câmara da Feira lança Cultur#ACT e mantém produção cultural local ativa


A crise pandémica provocada pelo novo coronavírus tem tido e continua a ter repercussões profundas no Setor Cultural, na indústria da Cultura e também na forma de fruir a Cultura, impactos que o Município de Santa Maria da Feira pretende minimizar ao lançar a Cultur#ACT – Bolsa de programação de projetos culturais de artistas independentes e empresas do setor cultural e/ou de animação do concelho, mais um projeto de apoio à Cultura, cujas candidaturas decorrem entre 17 e 30 de junho.

Nos meses de julho, agosto e setembro, a Cultura, nas suas diversas manifestações, voltará aos espaços públicos de todo o concelho de Santa Maria da Feira, dando vida e esperança aos artistas, às populações e à economia local. A programação, preferencialmente direcionada para os espaços do património cultural ou natural do concelho, resultará do projeto Cultur#ACT, uma bolsa de programação de projetos culturais de artistas independentes e empresas do setor cultural e/ou animação, exclusivamente locais, onde irão constar 35 projetos “comprados” pela Câmara Municipal.

A iniciativa de programar os meses de verão com pequenos projetos, de forma desconcentrada e descentralizada no espaço e no tempo, é uma medida para fazer face à paragem total e abrupta dos artistas locais que pugnam por trabalho e que não têm outra fonte de rendimento”, explicou o Presidente da Câmara, Emídio Sousa.

Para este novo projeto, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira canalizou um montante global de 50 000 euros, proveniente de rubricas de programação já previstas no orçamento municipal para a cultura, mas que, devido ao contexto atual, não foram executadas e, por isso, não representam um aumento na despesa do município, mas antes uma opção de gestão.

O Cultur#ACT pretende “manter a produção cultural local ativa em tempos difíceis, fomentar a transição verde, procurando sobretudo projetos sustentáveis, assim como a transição digital, considerando que lançamos o desafio para produção de conteúdos para stream, cinema documental, marketing digital, jogos e apps que possam potenciar, através do capital criativo dos artistas, o slow tourism e o comércio local” vinca o vereador responsável pelo pelouro da Cultura, Gil Ferreira, e resulta da auscultação das ideias e preocupações deste setor, junto dos agentes culturais profissionais do concelho.

Incentivar a troca cultural entre artistas e sociedade civil como uma ação de política pública que promova, afirme e fortaleça as comunidades, seus saberes e fazeres; estimular a aproximação dos artistas ao público local; dinamizar o espaço público, o património cultural e natural do território; manter vivas as marcas identitárias de Santa Maria da Feira; atender à transição verde e à transição digital são objetivos principais do Cultur#ACT.

Todos os artistas independentes naturais e/ou residentes no concelho de Santa Maria da Feira, assim como as empresas culturais e/ou de animação sediadas no território, que se encontrem com situação regularizada na Autoridade Tributária e Segurança Social, podem candidatar-se ao Cultur#ACT, preenchendo um formulário próprio disponível aqui, e enviando-o, com toda a documentação solicitada, para o Pelouro da Cultura, Turismo, Bibliotecas e Museus da Câmara Municipal, através do email pelouroctbm@cm-feira.pt.

A decisão do júri, composto por técnicos do município com funções na gestão da programação nos principais dos equipamentos e projetos culturais, será conhecida até 10 de julho. Dos projetos culturais apresentados serão valorizados os que visem a programação de atividades culturais nos meses de verão/2020, em espaço público, nomeadamente, praças, esplanadas, jardins, parques, feiras e mercados, monumentos, equipamentos e serviços culturais do território, museus da Rede Portuguesa de Museus e outros espaços museológicos e ainda em equipamentos de âmbito social ou ativos e atrativos turísticos existentes no território; que promovam a inovação digital para difundir o património cultural e natural do concelho, através das plataformas da web e/ou redes sociais; que procurem a integração da atividade cultural com atividades económicas locais; que estimulem o acesso social, físico e intelectual de todos os públicos à atividade cultural, facilitando, nos casos que for necessário, uma programação com o apoio de língua gestual portuguesa e/ou audiodescrição e/ou outras ferramentas de apoio à acessibilidade; que estimulem o acesso de todos os públicos à atividade cultural; e que sejam de pequeno formato, preferencialmente, autossuficientes ao nível de produção e rider técnico ou com características de implementação técnica e logística simples.