Choupo-híbrido


Nome científico

Populus x canadensis Moench

 

Nome comum

Choupo-híbrido, Choupo-do-canadá

 

Família

Salicaceae

 

Descritor

Moench [Conrad Moench (1744–1805)]

 

Tipo de origem

Alóctone

 

Origem

Híbrido entre Populus nigra L. (sul e este da Europa, noroeste de África, Macaronésia e oeste da Ásia) e Populus deltoides W. Bartram ex Marshall (este das Montanhas Rochosas, do Québec ao Texas)

 

Descrição da espécie

O Populus x canadensis é uma árvore caducifólia de médio porte, de copa ampla e arejada, que pode atingir 30 a 40 m de altura. Apresenta um tronco revestido por casca cinzenta, lisa em árvores jovens, desenvolvendo fissuras verticais profundas com a idade. As folhas, de 5 a 13 cm de comprimento, são simples, deltoides, de margem serrada e translúcida, geralmente ciliada enquanto jovens, de cor verde e dispostas de forma alterna nos ramos. Apresentam um pecíolo achatado lateralmente, de 3 a 8,5 cm de comprimento, em cuja base se encontram, geralmente, 1 a 3 pequenas glândulas. A floração ocorre entre fevereiro e abril, sendo as inflorescências masculinas e femininas grupos de longos amentilhos, as masculinas de cor vermelha e as femininas de cor amarelo-esverdeado. Ocorrem em árvores diferentes (dioicas). O fruto é uma capsula globosa, de cor verde, que se abre naturalmente na maturidade, por 3 ou 4 valvas, libertando as pequenas sementes, presas a tufos de “algodão” que as auxilia na sua dispersão pelo vento.

 

Observações

O Populus x canadensis é um híbrido entre o norte-americano Populus deltoides (algodão-americano) e o europeu Populus nigra (choupo-negro), tendo a hibridização ocorrido após a introdução do primeiro no oeste da Europa, possivelmente em França, no século XVIII. É uma espécie muito vigorosa, de crescimento muito rápido, sendo frequentemente observada nas margens dos rios ou em povoamentos florestais. Existem vários clones, com diferenças entre si, nomeadamente o ‘Eugenei’, o ‘Serotina’, o ‘Robusta’, o ‘Marilandica’ e o ‘Regenerata’. O ‘Serotina’ será, eventualmente, o mais antigo de todos, e o descrito por Conrad Moench, um botânico alemão, em 1785.